Num desses treinamentos o irmão Alceu Farlandes sugeriu de fôssemos com minha motocicleta que ele sabia o caminho. Na volta, minha motocicleta começou a falhar devido a um problema no carburador e andávamos poucos quilômetros e ela parava. Não tínhamos ferramentas para consertar e a preocupava-nos o fato que em algumas horas iria anoitecer. E assim viajávamos, descendo a serra pela BR-277, andando e parando muitas vezes.
No meio da descida, encontramos uma Fiorino parada com o pneu furado. Pensei comigo: Nós estamos com um grande problema e o Alceu ainda vai oferecer ajuda a um estranho? O Alceu conversou com o homem e ofereceu nossa ajuda e o homem de meia idade falou que estava com a costela trincada e mostrou que estava todo enfaixado. Normalmente ele mesmo teria trocado o pneu, mas agora ele não conseguia fazer força devido às dores que sentia.
Trocamos o pneu e ganhamos um pacotes de biscoitos de polvilho. Falei que não precisava, mas o irmão Alceu rapidamente pegou o grande pacote e deu um jeito de guardar dentro da sua jaqueta.
Com o pneu trocado o homem foi embora e ficamos sozinhos com a minha motocicleta afogada.
O que iriamos fazer? Só nos restava continuar tentando desafogar o carburador e andar alguns quilômetros até ele afogar novamente e parar.
Naquele momento, ouvi uma voz em minha mente: "Mantenha o motor em 6.000 RPM e não abaixe de jeito nenhum!". Falei para o Alceu e ele também não entendeu o que isso poderia nos ajudar. Liguei a motocicleta e acelerei até os 6.000 RPM e não diminuía nem para trocar as marchas e para o nossa surpresa a motocicleta não morreu mais nem afogou nos cerca de 40 quilômetros que faltava para chegar em Paranaguá-PR.
Como ficamos gratos por saber que Deus nos ama que sabe de nossas necessidades, mesmo que seja só um problema mecânico em uma motocicleta numa rodovia movimentada.
